A Garrafinha de Pinguim
Mariana Favarato
Turismo
UNIP Jundiaí
Alguns anos atrás, havia uma fábrica de
bebidas para crianças, localizada no interior de uma cidade. Essa fábrica
conquistava as crianças pelo sabor dos refrescos oferecidos, como tutti-frutti,
chiclete, algodão-doce e pelo formato de suas garrafinhas, que eram de animais.
Era de costume lançar um animal por
ano, isso chamava a atenção das crianças que criavam expectativas de qual seria
o novo modelo no mercado. O modelo que estava sendo divulgado, em comemoração
de 10 anos de funcionamento, era o pinguim. Os designers empenharam-se tanto nesse projeto que a garrafinha
absorveu emoções humanas, ela esperava que algum dia faria a alegria de uma
criança, seria observada, ganharia atenção, assim como os seus criadores a
tratavam.
Entretanto, enquanto o projeto da
garrafinha pinguim era moldado, uma onda de frio tomou conta da cidade, e não
ia em bora, mudando completamente o clima da cidade consequentemente o refresco
não era mais comprado, as crianças preferiam bebidas quentes, então o dono com
raiva de todo o investimento e do tempo que teve para formular aquela ideia,
pegou a garrafinha e jogou no lixo, a fábrica acabou sendo obrigada a fechar as
portas e ficou abandonada.
A garrafinha perguntava-se o que havia
feito de errado para terem-na jogado fora, sendo que não podia sequer se mexer.
A noite o caminhão de lixo passou e a levou com os outros lixos para o lixão,
ela foi jogada junto a outras garrafinhas, sem perspectivas, como ela, seus
sonhos foram por água a baixo, ficaria naquele lugar sujo e fedido para sempre,
mas não perdia a esperança que um dia realizaria seu sonho.
Seu “para sempre” durou muitos anos,
até que um dia a prefeitura estava coletando alguns produtos recicláveis por
ali, e um dos trabalhadores remexendo aquela pilha de garrafas, viu uma bem
familiar, a tal garrafinha de pinguim que ele esperava quando era criança. Sem
pensar duas vezes ele a recolheu e levou-a para casa, limpou-a, deixou-a bem
limpinha e a mostrou para seu irmão mais novo, que por acaso trabalhava num
museu da cidade.
O garoto convenceu o irmão mais velho
que ele deveria deixá-lo levar a garrafinha para o museu, já que ela era uma
peça única, que não teve se quer linha de produção, e assim como ele havia
estado feliz em ver algo que gostava tanto quando criança, outras pessoas
adorariam também.
A garrafinha ganhou vida novamente, sentiu-se
orgulhosa e realizada quando percebeu-se em uma vitrine, com vários adultos e
crianças admirando-a. Seu sonho era realidade.
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