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terça-feira, 10 de junho de 2014

A Garrafinha de Pinguim

Mariana Favarato
Turismo
UNIP Jundiaí

Alguns anos atrás, havia uma fábrica de bebidas para crianças, localizada no interior de uma cidade. Essa fábrica conquistava as crianças pelo sabor dos refrescos oferecidos, como tutti-frutti, chiclete, algodão-doce e pelo formato de suas garrafinhas, que eram de animais.

Era de costume lançar um animal por ano, isso chamava a atenção das crianças que criavam expectativas de qual seria o novo modelo no mercado. O modelo que estava sendo divulgado, em comemoração de 10 anos de funcionamento, era o pinguim. Os designers empenharam-se tanto nesse projeto que a garrafinha absorveu emoções humanas, ela esperava que algum dia faria a alegria de uma criança, seria observada, ganharia atenção, assim como os seus criadores a tratavam.

Entretanto, enquanto o projeto da garrafinha pinguim era moldado, uma onda de frio tomou conta da cidade, e não ia em bora, mudando completamente o clima da cidade consequentemente o refresco não era mais comprado, as crianças preferiam bebidas quentes, então o dono com raiva de todo o investimento e do tempo que teve para formular aquela ideia, pegou a garrafinha e jogou no lixo, a fábrica acabou sendo obrigada a fechar as portas e ficou abandonada.

A garrafinha perguntava-se o que havia feito de errado para terem-na jogado fora, sendo que não podia sequer se mexer. A noite o caminhão de lixo passou e a levou com os outros lixos para o lixão, ela foi jogada junto a outras garrafinhas, sem perspectivas, como ela, seus sonhos foram por água a baixo, ficaria naquele lugar sujo e fedido para sempre, mas não perdia a esperança que um dia realizaria seu sonho.

Seu “para sempre” durou muitos anos, até que um dia a prefeitura estava coletando alguns produtos recicláveis por ali, e um dos trabalhadores remexendo aquela pilha de garrafas, viu uma bem familiar, a tal garrafinha de pinguim que ele esperava quando era criança. Sem pensar duas vezes ele a recolheu e levou-a para casa, limpou-a, deixou-a bem limpinha e a mostrou para seu irmão mais novo, que por acaso trabalhava num museu da cidade.

O garoto convenceu o irmão mais velho que ele deveria deixá-lo levar a garrafinha para o museu, já que ela era uma peça única, que não teve se quer linha de produção, e assim como ele havia estado feliz em ver algo que gostava tanto quando criança, outras pessoas adorariam também.


A garrafinha ganhou vida novamente, sentiu-se orgulhosa e realizada quando percebeu-se em uma vitrine, com vários adultos e crianças admirando-a. Seu sonho era realidade.

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