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terça-feira, 10 de junho de 2014

Parada Final”

Juliana Caparroz Correia
Ciências Biológicas
UNIP Jundiaí

         Um certo dia, uma cesta básica saiu de uma empresa e foi entregue ao seu dono, ela era feita de papelão e era bem grande. Após a retirada de tudo o que havia dentro dela, ela foi jogada na calçada em frente à casa em que estava, e por lá ficou. Ela estava triste, pois após ter carregado os alimentos de seu antigo dono ele simplesmente o jogara na rua, sem a menor gratidão. Enquanto olhava o movimento da rua, uma forte ventania começou e ela saiu voando pela rua debatendo-se toda no chão. Quando já estava quase chorando de tanta tristeza, o vento finalmente parou e ela parou também em frente uma praça onde haviam algumas crianças brincando.

         Assim que as crianças viram a caixa de papelão ali jogada, correram até ela e a pegaram, e dela fizeram um carro imaginário, onde todos entraram dentro dela e fingiram estar dirigindo pela cidade. Após um bom tempo ali brincando, as crianças foram embora e deixaram a pobre caixa de papelão ali jogada perto do banco da praça.

         A pobre caixa de papelão já estava achando que seu destino terminaria ali, jogada no meio da praça, perto das pombas que ali viviam. Até que uma mulher que por ali passava, avistou a caixa e a pegou para colocar seus livros, que estava levando para um sebo que tinha ali perto.
        
A moça andou alguns quarteirões até chegar ao sebo, e ao chegar lá ela entregou a caixa com os livros à moça do sebo, a mesma levou a caixa para os fundos que ficou ali, no canto, sem utilidade por dois dias. Após esse tempo sem ser utilizada, a caixa já se perguntava o porquê de não a mandarem logo para a reciclagem, assim ela poderia finalmente ter um destino correto para seu descarte.

         Ela já estava perdendo as esperanças, quando a dona do sebo aparece e a pega. A caixa não estava entendendo para onde estava indo, mas sabia que não permaneceria ali por muito mais tempo. Ao chegar na entrada do sebo a moça coloca vários mangás dentro dela e a entrega para uma adolescente que estava parada em frente ao balcão. A garota pega a caixa sorrindo e sai de lá rumo a casa dela. A caixa começa a ficar mais animada por saber que ainda estava sendo útil para alguém, ela só não sabia por quanto tempo mais isso iria durar.  

         Ao chegar à casa da garota, a caixa já começa a ficar triste com o pensamento de que em breve seria jogada na rua novamente, e que seria jogada de um lado para o outro como estava sendo até agora. Mas, para sua surpresa, a garota entra em seu quarto com a caixa, retira os mangás, colocam-nos na estante, e em seguida põe a caixa no chão, ao lado de um lápis e uma tesoura.

Ela pega a caixa de papelão e começa a abri-la, e após totalmente aberta ela a estica no chão e começa a desenhar-lhe, com o lápis, uma espada. Terminado o desenho ela começa a recortar a grande espada. A triste caixa agora estava sendo recortada, sem saber qual seria sua utilidade dessa vez, já que não poderia carregar mais nada daquele jeito toda picada. Ela realmente achou que aquele seria seu fim.
         Após um tempo, a garota finalmente termina seu serviço, ela havia transformado aquela grande caixa de papelão em uma linda espada para seu cosplay. E assim a garota foi com sua nova espada aos eventos, nos quais juntas faziam muito sucesso. E a grande caixa de papelão, agora espada, não se sentiu mais triste e pode desfrutar da maravilha que era ser reciclada.

          

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