Memórias póstumas de uma latinha
Bruna Fernanda Silva
Ciências Biológicas
UNIP Jundiaí
Eu era uma latinha de
refrigerante, daquelas que todos compram para saciar a vontade.
Lembro-me de quando era
apenas um pedaço de alumínio amassado. Isso porque eu estava passando pelo
processo de reciclagem. Aquela sensação de estar sendo renovada foi perfeita.
Após ser transformada
novamente em uma bela latinha, várias amigas e eu fomos transportadas para
diferentes estabelecimentos comerciais.
Fui para um mercado, onde
nem fiquei por muito tempo e lá me compraram. A
emoção foi tão grande! Mas durou pouco. Depois que todo meu refrigerante foi
tomado, me jogaram no meio da rua.
Aquela minha vida que se
renovaria por muitos e muitos anos foi abreviada. Não poderia rever os amigos,
nem sentir as boas emoções. Se não fosse pelas coisas favoráveis, nada teria
valido a pena. Nada!
Por culpa de um humano,
que não aprendeu o caminho do lixo, eu tive que sofrer as primeiras
consequências da poluição. Meus sonhos não puderam ser concretizados, e eu
passei os últimos dias de vida no frio e sendo pisoteada.
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