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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Memórias póstumas de uma latinha
Bruna Fernanda Silva
Ciências Biológicas
UNIP Jundiaí

Eu era uma latinha de refrigerante, daquelas que todos compram para saciar a vontade.

Lembro-me de quando era apenas um pedaço de alumínio amassado. Isso porque eu estava passando pelo processo de reciclagem. Aquela sensação de estar sendo renovada foi perfeita.

Após ser transformada novamente em uma bela latinha, várias amigas e eu fomos transportadas para diferentes estabelecimentos comerciais.

Fui para um mercado, onde nem fiquei por muito tempo e me compraram. A emoção foi tão grande! Mas durou pouco. Depois que todo meu refrigerante foi tomado, me jogaram no meio da rua.

Aquela minha vida que se renovaria por muitos e muitos anos foi abreviada. Não poderia rever os amigos, nem sentir as boas emoções. Se não fosse pelas coisas favoráveis, nada teria valido a pena. Nada!

Por culpa de um humano, que não aprendeu o caminho do lixo, eu tive que sofrer as primeiras consequências da poluição. Meus sonhos não puderam ser concretizados, e eu passei os últimos dias de vida no frio e sendo pisoteada.


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